Mulheres cientistas

“Testemunhos de mulheres cientistas: igualdade de género na investigação em Portugal e França”

Metade da população mundial é constituída por mulheres e raparigas. Ainda hoje, o seu potencial não é explorado e a desigualdade de género persiste em várias área impedindo o progresso. A subrepresentação das mulheres na ciência têm sido objecto de investigação académica, de relatórios de aconselhamento político e debate social. Embora tenham sido feitos grandes esforços para mudar as políticas a nível nacional e internacional e no seio das instituições científicas, é necessário continuar a juntar esforços para assegurar que sejam adoptadas práticas que promovam a presença das mulheres na ciência. De acordo com um relatório da UNESCO, a percentagem de mulheres empregadas em Investigação e Desenvolvimento na Europa em 2016, independentemente da sua posição, era de 39,3%. Esta percentagem implica variações entre diferentes países europeus, nomeadamente entre a França e Portugal onde as médias nacionais são, respectivamente, de 27% e 43,5%. Além disso, uma análise mais detalhada em várias instituições de investigação científica mostrou a existência de paridade de género nas fases iniciais de uma carreira científica, que desaparece à medida que se progride na carreira. Este fenómeno, conhecido no mundo académico como “the leaking pipeline”, é visível não só na ocupação de posições, mas também nos pedidos de financiamento de apoio à investigação. De acordo com os dados publicados pelo Grupo de Trabalho sobre Género do ERC (European Research Council), a mais prestigiada fonte de financiamento na Europa, a percentagem de candidaturas de mulheres diminui com o avanço nos escalões. Em 2017, 37% dos pedidos de financiamento Iniciais foram apresentados por mulheres, enquanto que este número cai para 17% para os financiamentos Avançados. Relativamente à paridade de género do financiamento de ERC concedidas entre 2007 e 2017, os projectos liderados por mulheres representaram 33% das subvenções obtidas em França e 40,8% das subvenções obtidas em Portugal.

Partilhando testemunhos de mulheres cientistas, queremos sensibilizar, compreender como a ciência pode ajudar a colmatar esta lacuna e inspirar as gerações futuras.

Susana Alexandra Barbosa, Chercheuse Sénior et group leader dans INESC TEC, Universidade do Porto

https://www.inesctec.pt/en/people/susana-alexandra-barbosa

Paula Alves, CEO dans l’iBET et Professeur NOVA University of Lisbon (ITQB and FCT)

https://www.itqb.unl.pt/research/technology/cell-bioprocesses

https://www.ibet.pt/about-us-2/our-team/management/

Zita Martins, Chercheuse Senior et Professeur dans l’Instituto Superior Técnico

https://fenix.tecnico.ulisboa.pt/homepage/ist31684

Susanna Zimmermann, Maitre de Conférence et Directrice du Département de Mathématique dans Université D’Angers

https://math.univ-angers.fr/~zimmermann/

Genevieve Almouzni, Directeur de Recherche CNRS, Institut Curie

https://curie.fr/personne/genevieve-almouzni

La Saison France-Portugal 2022, présidée par Emmanuel Demarcy-Mota, est organisée : 

– pour le Portugal : par le Camões, lnstituto da Cooperação e da Língua, I.P. – ministère des Affaires étrangères, et par le Gabinete de Estratégia, Planeamento e Avaliação Culturais (GEPAC) – Affaires culturelles, avec le soutien de la Présidence du Conseil des Ministres (Commission pour la Citoyenneté et l’Égalité de Genre) et du ministère de l’Économie et la Transition numérique ; du ministère des Sciences, de la Technologie et de l’Enseignement supérieur ; du ministère de l’Éducation ; du ministère de l’Environnement et de l’Action climatique ; du ministère de la Mer, et de l’Ambassade du Portugal en France.